A dor de dente não passava e era medonha. Ora, abocanhando uma roceira cocada, uma felpa da quenga se enfiou bem dentro do buraco do molar cariado de Delcídeo. Sem remédio, pediu perfume à namorada Vilma para ver se aquela agonia passava e nada...
Mesmo assim, o casal decidiu ir com uma turma danada assistir ao desfile da tão esperada micareta da cidade. O programa era arrumado e com direito a estarem no suntuoso e aconchegante camarote da prefeitura. Porém, para agradar as autoridades presentes, o alegre cafetão do lugar mandou um lote de formosas donzelas para animar o ambiente.
Roída, Vilma teve uma crise de ciúmes e passou a repreender Delcídeo que, com espantosa gentileza, desfechou: - “Vilminha, por obséquio, vá cagar no mato, vá!” Vilma não foi e passou a noite toda choramingando a grosseria do indelicado namorado.
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