Aconteceu em 1990, quando nos reunimos na casa do Humbertinho para assistir a luta de boxe do Mike Tyson em Tóquio, no Japão, contra um tal de James Buster Douglas, transmitida pela televisão.
Naquela época, sem dúvida alguma, não tinha cristão no mundo que inchasse para Tyson. O homem era uma autêntica máquina de bater!
Pois bem, para aguardar a hora da luta – ia passar de madrugada – começamos a tomar umas. Conversa vai, conversa vem, o tempo foi passando, até que o início da luta foi anunciado.
O combate não durou 15 segundos! Mal iniciou, o perverso demolidor desceu a lenha e disparou uma saraivada de socos, deitando o adversário à lona. Desmaiado, via-se passarinhos em circulares voos, entre estrelinhas, cantarem em volta do protuberante galo na cabeça do coitado. Aí, o juiz anunciou nocaute, e terminou a luta!
O dono da casa desligou o televisor e nós, já grogues, tomamos a saideira, nos despedimos e fomos embora.
Quando na manhã do dia seguinte, ainda derramado na minha velha rede, li o jornal, vi a inacreditável notícia de que Tyson havia sido derrotado por Douglas. Mas como, se eu havia assistido a luta e vi Tyson vitorioso?!
Ora, pra tirar a dúvida se eu estava ficando doido, liguei para Humbertinho e ele rindo me disse que, por engano, havíamos assistido a uma antiga luta, em matéria retrospectiva da carreira de Tyson.
Pois foi, naquela confusa madrugada James Buster Douglas acabou com a invencibilidade do “Iron Man” Michael Gerard Tyson – um dos maiores pugilistas de todos os tempos – e se tornou campeão mundial dos pesos pesados, com um nocaute impressionante no décimo round.
Na bolsa de apostas, quem confiou na vitória do azarão embolsou 42 vezes o dólar apostado.
(Foto: Google)