sexta-feira, 31 de agosto de 2018

terça-feira, 28 de agosto de 2018

Museu e Turismo


Do século XIV ao XVI, o Renascimento foi um movimento cultural que se alastrou por toda a Europa, quando artistas, escritores e pensadores difundiam em suas obras valores, ideais e nova visão de mudar o mundo. Assim, eles se afirmavam em uma sociedade dominada pela nobreza e clero, onde mecenas os bancavam, em alternativa à Igreja. 

Com tantas artes e saberes, até hoje vários países europeus tem a Cultura como fonte de riqueza artística, educativa e econômica. 

O Turismo Cultural é uma atividade inerente à busca de conhecimento e lazer, com significados de bens materiais e imateriais. Em Fortaleza, o vasto patrimônio cultural se esparge em produtos turísticos, promovendo e preservando tradições e costumes locais. Assim, a relação entre cultura e turismo se constitui em valioso setor da economia contemporânea. 

Falando em Renascimento e Turismo Cultural, o recém-criado Museu Orgânico mostra um passado que é um presente para o futuro de Fortaleza. De conceito inovador, o Museu é a própria Cidade e suas salas ambientes da memória artística e cultural em suas diversas expressões. Nele, cada lugar ganha da Prefeitura um painel com fotos de artistas que compõem a história de Fortaleza e uma placa distinguindo o seu mais ilustre frequentador. Assim, os espaços constarão no Roteiro de Fortaleza, onde serão divulgados pelos agentes do segmento turístico. 

Exaltando, honra-me participar da equipe curadora do Projeto Museu Orgânico, guiada pelo prefeito Roberto Cláudio, com Jorge Pieiro e os semeadores da ideia Moacir Maia e Flávio Paiva. 

Bem matutando, construir um museu é contar uma história. 

Totonho Laprovitera, arquiteto e artista plástico

domingo, 26 de agosto de 2018

Vida

Totonho Laprovitera - Toinho - 2016 - Nanquim sobre papel - 29,7 x 21 cm.

"Se não eternizada, pelo menos, a vida deveria ser do tamanho para que a saudade pudesse nos levar de volta aos momentos simples e felizes que vivemos." (Totonho Laprovitera)

sábado, 25 de agosto de 2018

Brasil, um país do futuro


Sugiro a leitura de “Brasil, um país do futuro”. Publicado pela primeira vez em 1941, o livro retrata o país sob o olhar de Stefan Zweig (1881-1942), um autor judeu-austríaco, que no final da metade do século XX morou em Petrópolis, fugindo do nazismo. 

Em sua narrativa, Zweig nos leva a passear pela cultura brasileira. Além de dados pitorescos, ele se aprofunda em uma análise sobre a história e a economia brasileiras, fazendo com que o livro seja, concomitantemente, um documento histórico, uma crônica e registro de impressões de um famoso autor europeu.

(Foto: Google)

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Caetana


Caetana 
(Totonho Laprovitera)

Ao tempo que é tão breve,
que a terra nos seja leve 
Oh, Caetana, não me leve 
quando eu estiver dormindo 
Ainda quero ver os meus 
que demoram a chegar 

Que a sorte sertaneja 
dê ao causo ariano 
suassuna a sua sina 
Seja a morte a mentira
na peleja nordestina 
que remói o seu destino

Moça ou onça, sedutora, 
oh, Caetana, me esqueça 
Tenho medo do escuro, 
do que é desconhecido
Não se avexe, vá embora, 
tenho um mundo pra viver

domingo, 19 de agosto de 2018

Vida



Como instituição de ensino superior que abarca um conjunto cursos superiores dedicados à formação profissional e científica, a Unifor tem singrado preciosos caminhos. Além das atividades de pesquisa e extensão, de servir e atender à comunidades em vários campos do saber, ela se doa por completo na maior causa humanitária que possamos haver: a da Vida! 

Parabéns, Unifor!

sábado, 18 de agosto de 2018

Sopro




Sopro 
(Totonho Laprovitera)

O sopro da música 
ao mundo dá arte
Ao artista o sinal 
do instante da criação, 
natureza da inspiração 

É brisa da alma 
que se faz canção
É a calma de quem 
o amanhã não espera
para ser feliz 

É o delir de uma chama 
que reacende do nada
Ao universo um voo
de quem, assim, acredita 
que a vida se faz

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

A magia dos tipos populares


Nas artes cênicas brasileira, são arquétipos de tipos populares, dentre centenas: os personagens de Chico Anysio (mais de 200); Grande Otelo; Jô Soares; Oscarito; o Jeca de Mazzaropi; Didi de Renato Aragão; Macunaíma, de Mario de Andrade; João Canabrava do Tom Cavalcante; João Grilo do Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna; e por aí vai. 

Agora, no Auto da Compadecida, escrita em 1955, é marcante a cena em que Satanás exige a condenação do inteligente, sabido, analfabeto e amarelo João Grilo por seu exagero de malícia, mas Nossa Senhora o defende: - “A esperteza é a coragem do pobre.”

quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Asa delta


Em meados dos anos 1970, em Fortaleza, a moçada de férias não perdia um dia sequer de praia no “Oi da Pedra”, defronte ao clube do Náutico. Na época, as meninas pudicas trajavam maiôs, as bem-comportadas “duas peças” – vindo do “engana mamãe”, que de frente parecia maiô, mas de costas um biquíni – e as “pra frentex”, biquínis – alguns, pasmem, de croché! 

Aí, as peças foram diminuindo de tamanho, diminuindo, veio a tanga, até chegar a precursora do “fio dental”: a cavada “asa delta”! Ah, “asa delta”... Lembro demais de duas exuberantes garotas desfilando seus atributos pela praia. Com elas, arrancavam suspiros dos marmanjos e excitavam os imberbes que costumavam manufaturar seus prazeres através da imaginação. Em movimentos espontâneos, sincronizavam seus passeios sem fim, provocando olhares dos varões cobiçosos e invejosa censura do mulherio apoucado. 

Uma era loura, a outra, morena. Naquele paraíso, pra cima e pra baixo, as duas sensualizavam suas exuberâncias de maneira natural, na candura de uma Eva a desconhecer o pecar. De olhos grelados nelas, sempre aparecia um Adão para lhes oferecer a derradeira maçã daquele éden. Enroscada no tronco do mais frondoso cajueiro do lugar, tesa a serpente sugeria que o bom da vida residia na desobediência aos princípios dos seus. 

Nunca mais vi aquelas duas beldades – imagino-as hoje distintas senhoras – que encantaram uma geração inteira maravilhada com revistas masculinas de natureza sexual, de conteúdo considerado ingênuo para os dias de hoje.

terça-feira, 14 de agosto de 2018

A primeira mulher de Adão

Lilith, Adão e Eva.

Logo em seu início a Bíblia conta a história de Adão e Eva. Mas diz o Zohar (Comentário Rabínico dos Textos Sagrados), que Eva não foi a primeira mulher de Adão. 

Teria acontecido o seguinte. Ao criar Adão, Deus lhe fez macho e fêmea. Depois, dividiu-o ao meio, chamou a nova metade de Lilith e a deu em união à Adão. Porém, a bela e interessante Lilith rejeitou essa união, por achar que se tornaria desigualmente inferior e por não aceitar a submissão ao homem. Assim começou a eterna divergência entre o masculino e o feminino, e Lilith fugiu para viver com o Diabo. Aliás, a mulher anjo e diabo em um só corpo. 

Aí, pra acabar o rebuliço, Deus pegou uma costela de Adão e fez Eva. Então, tranquilamente, os dois viveram felizes para sempre no Paraíso, digo, até ocorrer a célebre desobediência à Deus. Sobre o caso, dentre anjos, querubins e serafins de plantão, alguns mensageiros do Senhor acusam Lilith de ter sido a serpente que levou Eva a comer o fruto proibido e, por isso, serem expulsos do Paraíso pelo Criador. 

Bem, verdade ou não, há quem diga que essa história teria sido apagada da Bíblia pela Santa Inquisição. Agora, ultimamente, ela tem é sido contada e discutida.

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

domingo, 12 de agosto de 2018

Filhos de carteiro


Aconteceu no começo dos anos 60, em um pequeno lugarejo das bandas do sertão cearense. 

Gabriel Arcanjo era carteiro e casado com a jovem Zita que, mesmo com os tantos afazeres de dona de casa, arranjava tempo para olhar os envelopes das cartas que o marido entregava do “Aliança para o Progresso” – programa cooperativo estadunidense para o desenvolvimento econômico e social da América Latina. Encantada, ela achava cada um mais bonito que o outro.

Pois bem, contava coronel Isidoro, fazendeiro da região, que a exagerada admiração se tornou tão graúda, chega o casal batizou os dois primeiros filhos de Airmail e Paravion.

(Imagem: Google)

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Diversidade de negócios


Li em certa revista de negócios o estudo decorrente de pesquisa de uma conceituada companhia norte-americana de consultoria. Dizia a matéria que empresas com maior diversidade cultural e de gênero eram mais lucrativas, pois agregavam valores baseados nas suas ricas diferenças. 

Sobre diversidade de negócios, chamou-me atenção o anúncio no encarnado muro de um depósito de material de construção no município cearense de Cascavel. Em letras alvas bem caligrafadas, estava lá: “Cavamos cacimba, esgotamos fossa. Temos panelada aos sábados e domingos.”

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Tabajara em Sobral


Parece que foi ontem. Por ocasião da apresentação da Orquestra Tabajara, em Sobral, nos anos 80, da esquerda pra direita: Oswaldo Rangel, Darcy Barbosa, maestro Severino Araújo, José Monte, José Maria Soares, Carlos Patriolino e João Lício Soares.

(Foto: Acervo Zezinho Ponte)

terça-feira, 7 de agosto de 2018

Mania de rico


Pois é, o Vaval ainda guarda a mania de ir bater lá em Londres, só para exercitar sua pontualidade britânica, fazendo hora diante do Big Ben.

(Foto: Little Brother)

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Parece que foi ontem


Esta foto foi tirada em Sobral, Ceará, entre 1959 e 1962. 

No palanque de autoridades, no desfile de 7 de Setembro, Chico Figueiredo (de farda, representando o Tiro de Guerra), Pedro Mendes Carneiro, Ildefonso Cavalcante (vice-prefeito), Padre José Palhano de Saboya (prefeito), Monselhor Aloísio e Amauri Amora Câmara, dentre outros. 

(Foto: Acervo Antonica Ponte de Paula Pessoa)