terça-feira, 30 de agosto de 2016

Piscinas

Parque aquático do Náutico Atlético Cearense. (Foto: Aba Film)

De primeiro, quase todas as piscinas eram de formato retangular, revestidas de azulejo, bastante fundas e possuíam lava-pés e cuspideira. Em algumas, ainda, havia parte para crianças, escadinha, trampolim... 

Nas dos clubes, os banhistas tinham que ser examinados por um fiscal, pois, nelas não podia banhar-se quem estivesse com frieira ou pano branco. E mais, antes de mergulhar na piscina, era preciso passar pelo chuveiro.

Agora, se existia uma coisa que ficava muito difícil se controlar, essa era a de proibir que as pessoas urinassem nas piscinas. Nas domésticas, comumente, o dono da casa alertava à meninada – por tabela, também, aos adultos – sobre a aplicação de um tal produto que ao se misturar com a urina mudava a cor da água. 

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

SECAI


Em minha juventude, eu frequentei muitos clubes suburbanos, ou, como queiram, de bairros. Um deles, era a Sociedade Esportiva e Cultural Arco-íris, o velho SECAI, no bairro Nossa Senhora das Graças, em Fortaleza.

Nos anos 1970, grandes festas lotavam o SECAI. Curiosamente, segundo Zé Mesquita, no Pirambu falavam “a SECAI. Hoje tem tertúlia na SECAI.” Dos meus amigos que costumavam de se distrair por lá, às quintas-feiras, dentre muitos, por ordem alfabética, lembro do Alceu, Alex Figueiredo, Babinha, Bakura, Bilinga, Bob Mota, Bode, Canguru, Chico Macaco, Chico Ronnie Von, Chiquinho Aragão, Delberg, Denis Quevedo, Fernando Amora, Freitas Júnior, Jean Sarquis, Jeovazinho, Joacy Cobra, Juninho Pineo, Júnior Ximenes, Luiz Rego, Luiz Romcy, Maninho Barreira, Marcelo Gentil, Marcílio Fiuza, Murilo Belchior, Nélson Peido Azedo, Paulo Quengão, Pedrinho Carcará, Renatinho Juventude, Roberto Costa, Stênio Paiva, Tarcizinho Silveira, Valtinho Furtado, Waltinho Sá, Zé Augusto Moita, Zé Carlos Mororó, Zé Liberato, Zé Mesquita e Zezinho Rebouças. 

Há uns tempos, ouvi dizer que o clube continuava reunindo adeptos, mas, ultimamente, as festas de funk afastaram as pessoas, por causa das confusões. Também, há quem diga que o aparecimento das grandes casas de show e as caranguejadas, às quintas-feiras, na Praia do Futuro, contribuíram para o enfraquecimento do movimento da associação. 

Agora, eu soube que, atualmente, as festas do clube SECAI tem sido feitas para a comunidade, num clima de muita paz e descontração. 

(Foto: Acervo Marcos Falcão)

domingo, 28 de agosto de 2016

Paixão de Cristo


Em 2012, jantando com o casal Adriana e Lúcio Gomes, falamos quase a noite toda sobre teatro. Enquanto ouvia a entusiasmada e talentosa Adriana dizer sobre o seu ofício de atriz e a arte de representar, dei tanto valor à conversa, chega entre um vinho e outro, nem reparei o passar das horas. Daí, em conflitos de um turbilhão de ideias, os assuntos volatizaram-se e pairaram na limpidez do branco das raras nuvens do céu da minha já vaga lembrança. 

Uma semana depois, tornei a me encontrar com o Lúcio e ele foi logo falando: “Totonho, deu trabalho, mas, a Adriana se empenhou, conseguiu e vai lhe telefonar. Tá certo, né?!” Mesmo pasmo e ariado sobre o teor do assunto, ratificando a minha felicidade pelo feito, respondi: Ô coisa boa, meu amigo! É claro que está! 

Bem, eu não fazia a menor ideia do que teria pedido à Adriana, até ela ligar para dizer que o Hiroldo Serra já me aguardava para participar do elenco da apresentação teatral O Gólgota - A Paixão de Cristo, encenada pela extraordinária Casa da Comédia Cearense, na Praça Verde do Dragão do Mar, na Semana Santa que se avizinhava. 

Pois foi, atuando no papel do apóstolo Tiago, o Maior, estreei no teatro com o privilégio de participar desse magno e belo espetáculo – com público diário de umas mil pessoas –, que reuniu nomes consagrados das nossas artes cênicas, como, Fernanda Quinderé, Ary Sherlock, Haroldo e Hiramisa Serra, Hiroldo Serra, Marcus Fernandes, Walden Luiz e Paulo César Cândido. 

Na montagem, com aproximadamente duas horas de duração, ainda constaram do elenco: Odair Prado, Lana Soraya; Lúcio Leonn, Poliana Moraes, Fernanda Santiago, Natali Lima Escrava , Lia Serra, Caio Teixeira, Magno Freitas, Luiz Carlos Pedrosa, Niiw Teixeira, Ítalo Tomaz, Marcos Araújo, Aldo Pio, Wagner Pereira, Javiér Medrano, Alisson Braga, Diego Mendonça, Lucas da Silva, Afonso Sampaio, Nito Bates, Flávio Sherlock, Ian Barroso, Bruno Moreira, Larissa Góis, Jéssica Lima, Priscila, Taynara e Lurdes. 

Com a responsabilidade de corresponder à oportunidade a mim confiada, ao entrar em cena, pedi bênçãos à Deus e me dei bem. Agora, quando os incrédulos bestas inquirem sobre qual a minha participação na Paixão de Cristo, eu fresco: Duas falas após a ressurreição de Jesus Cristo e a imitação do galo na hora em que Pedro nega por três vezes conhecê-Lo! 

(Fotos: Acervo Totonho Laprovitera)

sábado, 27 de agosto de 2016

Rio, 1936


Rio de Janeiro, 1936. Na foto, da esquerda pra direita: Manuel Bandeira (3º, em pé), Alceu Amoroso Lima (5ª) e Dom Hélder Câmara (7ª); Sentados, Lourenço Filho, Edgar Roquette-Pinto e Gustavo Capanema,

(Foto: Wikipédia)

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Tortora


Tortora
(Totonho Laprovitera)

De Tortora 
avisto o Tirreno 
e na calada do tempo 
me acho em um mar 
de tantas memórias 

Ah, antiga cidade, 
em ti serenam 
as pequenas aldeias, 
nas tuas poéticas 
sinuosas montanhas 

Tortora, Tortorella! 
Mátria formosa! 
Nas veias da Calábria, 
dimana o sangue 
que italiano me faz! 

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Cangaço: Lampião

Totonho Laprovitera - Lampião - 2007 - AST - 100 x 100 cm.

Tortora

Vista do Centro Histórico de Tortora.

Tortora é a primeira cidade da Calábria Noroeste com vista para o Mar Tirreno, na fronteira com a Basilicata, uma região de grande importância turística na Itália. 

Seu montanhoso território abrange grande parte do Parque Nacional de Pollino, limitando-se ao norte pelas cidades de Maratea e Trecchina, ao nordeste com Lauria, a leste com Laino Borgo, ao sul por Aieta e Praia a Mare e a oeste com o Mar Tirreno. 

Tortora está dividida em três territórios: a cidade velha, com uns 550 habitantes; as aldeias de montanha, também com uns 550 habitantes; e a marina, com cerca de 4.900 habitantes.

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Ata


De nome científico Annona squamosa e pertencente à família das Anonáceas, a mesma da graviola, a ata é uma fruta tropical, tipo baga, meio esférica e recoberta de nacos verdes, pesando em média uns 200 a 400 gramas. 

Consumida ao natural ou em forma de sucos, doces ou sorvetes, remosa que só, a ata também é chamada de fruta-pinha, pinha ou fruta-do-conde. 

Pois bem, conta o Heitor que o Bode estava passeando de carro com a família pelas bandas do Iguatemi, quando, em um sinal fechado, um ambulante se achegou com um cesto cheio de umas apetitosas atas maduras e pediu: “Ô, freguês, leva aí que eu não comi nada hoje...” 

Aí, um dos filhos do Bode observou: “Pai, por que ele não come a ata?” 

(Foto: Google)

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Surrealismo, cão e monstro


De quando em vez eu me pego matutando sobre a razão de, na Fortaleza dos anos 70, tantos artistas terem feito desenhos surrealistas em bico de pena, que, por sinal, eram de elevada qualidade artística. 

É certo que, para dar vazão aos sonhos e informações do inconsciente, no surrealismo o artista apaga a ideia da lógica instituída pelos padrões comportamentais e morais impostos pela sociedade e acende a sua infinda criação. Talvez, seja esse um dos caminhos para a resposta dessa minha inquietação. 

Aí, eu lembro que no inconsciente do meu processo criativo, entre sonhos, fantasias e emoções avessos à lógica, muito me influenciaram na expressão da minha produção surrealista as histórias do Cão da Itaoca e do Monstro da Lagoa Verde. 

Quando íamos passar o final de semana em nosso sítio Guajiru, na Parangaba da década de 60, seguíamos pela estrada do Gado, que cruzava a antiga Itaoca, e assim eu conheci o lugar. 

A Itaoca ficou famosa pelas assombrações do coisa-ruim tocando o terror em uma misteriosa casa, onde tirava os móveis do lugar, virava cadeira de cabeça pra baixo e fazia prato e talher voarem! Nada ficava quieto no lugar. Para despachar o tal capeta, levaram à casa um macumbeiro do Maranhão e até um padre pra exorcizá-la, mas, de nada adiantou. O arcano continuou até o tempo lhe aplacar. 

Não se sabe se a história do Cão da Itaoca foi ou não invenção de alguém, mas, o certo é que a lenda ainda persiste no imaginário do povo de lá. 

Posteriormente, lendo o jornal, no tempo em que as edições diárias só saíam às ruas no período da tarde, eu fiquei fascinado quando vi estampado em manchete de primeira página a crida aparição do Monstro da Lagoa Verde. No corpo da matéria, até retrato-falado da aberração tinha. Os que descreviam o monstro, afirmavam com todas as letras que, em tamanho e ferocidade, o bicho dava de cascudo e chulipa no escocês monstro do Lago Ness. 

Mas, como nem tudo para sempre é, o monstro viveu a sua fama até ser abatido por um grupo de desocupados da região, que pastorava todo o dia a Lagoa Verde. Atendendo ao chamado de resgate, os gloriosos bombeiros constataram que o “fabuloso” monstro não passava de um mixuruca jacaré, medindo pouco menos de meio metro. 

E assim, rimando, eu tomei gosto pelas coisas surreais em meus incontáveis desenhos iniciais.

domingo, 21 de agosto de 2016

Coração valente


Mais brabo do que um siri dentro duma lata, Toinho era um dos meninos mais invocados no colégio. Ele não possuía compleição física graúda, muito pelo contrário, na média da turma era um dos miúdos. No entanto, seu forte gênio fazia com que ele se agigantasse até mesmo diante dos galalaus. 

Destemido que só, não abria nem pro trem! Além de enfrentar todos os seus antagonistas, o pequeno e valente Toinho ainda protegia alguns amigos. Um deles, o infante Chiquinho, que só queria ser o Guto, filho do Moacyr Franco, que fazia o maior sucesso na televisão com o quadro “Canta, mas não mente”. 

Falando em Chiquinho, uma vez, ao final da aula, ele arengou com um colega gordo que suava tanto, chega ensopava a camisa e, de quebra, guardava ceroto até nas dobras do cangote. A arenga incidiu no ato de Chiquinho rebolar um punhado de areia fina nos peitos suados da obesa criança, que partiu pra cima do arengueiro e só não o atropelou porque Toinho interveio, permitindo a fuga do amigo que, metendo o pé na carreira, capou o gato pra casa!

Outra vez, na hora do recreio, Chiquinho inventou de intimar com um colega grandalhão e foi um deus-nos-acuda. Depois do ritual de encaramento seguido de sopapos de ombros, traçaram com o pé um imaginário risco no chão, em que alguém deu duas cuspidas, uma de cada lado, para depois dizer: “Taqui a mãe de um, taqui a mãe do outro!” Ora, ligeiro, Chiquinho pisou na “mãe” do seu desafeto, os dois se empurraram e o pau troou. Enquanto, aos gritos, a plateia incentivava o arranca-rabo, algum canalha fez chover areia sobre os engalfinhados brigantes. Na sequência, rolando na briga de agarrado, o grandalhão conseguiu ficar por cima do Chiquinho. Aí, aproveitando-se do apaziguamento da turma do deixa-disso, Toinho conseguiu inverter as posições dos lutadores e Chiquinho, prevalecendo-se da privilegiada situação, abancou-se na barriga do opositor, ameaçou esmurrá-lo, mas, preferiu se amostrar, dizendo: “Ganhei a briga, agora, peça penico!” A galera foi ao delírio, o pequeno Chico foi aclamado vencedor, e a vaia comeu de esmola! 

O bom, é que depois das brigas, o máximo que acontecia entre as partes, era um menino ficar de mal do outro, coisa que não durava muito, não. 

(Foto: Google)

sábado, 20 de agosto de 2016

Celeste


CELESTE
(Totonho Laprovitera)

Em riba do horizonte eu risco
o refúgio de luas e sóis 
Na vista do tempo me arrisco 
nos signos dos meus arrebóis 

De dia,
a linha do meu olhar afia 
Avia 
na sangria da minha poesia 

De noite, 
Três Marias faíscam em açoite 
Pernoite, 
não me cansa qualquer tresnoite 

Celeste, 
de azul pinto o céu do meu agreste 
Do leste, viajo, 
galopo no voo da brisa nordeste 

(Fotos: Totonho Laprovitera / Google)

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Merendeira


Lembro que quando fazia o jardim de infância e alfabetização, eu tinha uma merendeira de plástico, azul e branco, para levar o que comer e beber na hora do recreio do colégio.

Ela era tipo uma maleta. Feita em peças nervuradas de matéria plástica semirrígida, trazia tampa em aba flexível com abertura vazada em círculo, para passar a garrafa com tampa que servia de copo. Para abri-la ou fechá-la, bastava girar um botão. Para carregá-la ao ombro, ela possuía uma alça que sempre afolozava a sua casa de pegar o botão da merendeira. 

Lembro que na minha merendeira, preparado pela minha mãe, eu levava sanduíche de pão sovado com carne de lata, e na garrafa, o transposto refrigerante que podia ser Coca-Cola ou Guaraná Champagne. 

Porém, com o tempo, o precário material da garrafa fadigou e o refrigerante – já sem gás, com o gosto diferente – vazava e encharcava o pão, desmanchando o sanduíche. Como eu era menino danado e reivindicador, os adultos demoravam a escutar os meus reclamos e quase que eu passei foi a gostar de merendar “sanduiche ao refrigerante desgaseificado”.

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Palmatória


Lembro que, quando criança e eu cursava o primário, os adultos me perguntavam se em meu colégio ainda fazia-se uso da palmatória. 

Feita de madeira e parecida com uma colher de pau, de cabo reto e parte arredonda, a palmatória era um artefato utilizada antigamente nas escolas para o professor punir alunos traquinos. 

Sobre ela, contavam-me os mais velhos a mesma lendária história: “Escondido, a gente pegava a palmatória e com um prego furava a madeira dela, botava o não sei o que dentro do buraco para dar bicho e a danosa apodrecer. Desse jeito, ela se partia na hora do corretivo e a negrada se livrava das palmadas.” 

Agora, sobre a questão no início dessa história, no meu tempo de pivete, assim como o castigo de se ajoelhar sobre caroços de milho, a palmatória também já estava era em desuso.

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Sarado na praia


Eu estava passando uns dias no Rio de janeiro, quando meu amigo Adolfinho me convidou para ir à praia. Como de costume, relutei um pouco, mas, ele acabou me convencendo quando falou que eu devia conhecer a Barraca do Pepê, na Barra da Tijuca, lugar frequentado pelos adeptos do conceito de alimentação natural, que reunia muita gente bonita da geração saúde da cidade etc. 

Vesti meu calção de banho, de pano estampado com motivos tropicais, minha descolada camisa de meia, gola olímpica, e enfiei meus pés no velho par de chinelas japonesas. Para esconder os olhos de ressaca, assentei meus óculos escuros e nos mandamos para a tal praia. 

Ao chegarmos, enquanto eu acompanhava os passos de Adolfinho, uma belíssima, saradíssima e dourada garota aproximou-se de mim e, com um jeito bastante reservado, quase cochichando, me perguntou se eu aceitava o cartão dela. Sem nem pestanejar, vaidoso até o talo, eu disse que sim. Aí, ela pegou o cartão, pôs no cós do meu calção, sorriu e seguiu em frente, “num doce balanço, a caminho do mar”. Espiando, atento e surpreso com a cena, Adolfinho comentou: “Pô, Totonho, tá podendo, hein?”

Discretamente, li o cartão e comentei baixinho: Ah, égua... 

- Que foi, Totonho? 
- Pense numa fuleragem... 
- Fala. 
- O cartão... 
- Que diz o cartão?
- “Saiba como perder gorduras localizadas."

terça-feira, 16 de agosto de 2016

José Teles por Carlos Augusto Viana


Eu lá perco um lançamento desse! 
Agende-se. 
A Tessitura Poética de José Teles, no Ideal Clube, quinta-feira, 15/09/2016, a partir das 19h.

(Fotos: Totonho Laprovitera)

Fogo


"A distância é como os ventos: apaga as velas e acende as grandes fogueiras." (Machado de Assis)

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Neno Cavalcante


Conheci o Neno, bem-dizer, na infância, quando nos reuníamos com a turma do Círculo Militar de Fortaleza. Adolescentes, fomos assíduos da praia do Náutico - no Oi da Pedra - onde passávamos o tempo todo à sombra das árvores conversando sobre os mais diversos assuntos, com o bom humor que nos aproximava. 

Adultos, virou jornalista e eu arquiteto e artista plástico, com direito de ser por ele apresentado em uma das minhas exposições. 

Ultimamente, quando nos encontrávamos, a gente se festejava diante do tempo de existência compartilhado, das histórias engraçadas vividas e das aguçadas críticas inteligentes cometidas. 

Para mim, Neno não morreu, como curtidor que é, viajou para outras dimensões! 

(Foto: Google)

Hypnos

Totonho Laprovitera – Hypnos – 2016 – Nanquim sobre papel – 29,7 x 42 cm.

Pai de Morfeu, Hypnos, na mitologia grega, era o deus do sono. Seu equivalente romano é Somno.

domingo, 14 de agosto de 2016

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Da série Peixes

Totonho Laprovitera - O voo das Tilápias / Mutações genéticas - 2016 - Infogravura - 29,7 x 42 cm.

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

domingo, 7 de agosto de 2016

Embaixador do Brasil no Iraque


Assistindo ao jogo Brasil x Iraque, a quem interessar possa, o embaixador do Brasil no Iraque é o cearense, de Fortaleza, Miguel Júnior França Chaves de Magalhães (1955).

(Foto: Google)

Amor Febril


Aconteceu em meados dos anos 1990. 

Seu Polimário estava trabalhando em uma pequena cidade do interior cearense, onde a sua permanência, cada vez mais se estendia fora de casa. Dona Ilmar sua santa e dedicada esposa, achava a coisa mais natural do mundo o esforço da ausência de seu esposo em seu lar, pelo sustento da família. Mas, como dizem os analistas de plantão, “o que lasca um cidadão são as denúncias”.

Pois bem, não tardou, uma anônima ligação telefônica dedurou Seu Polimário à Dona Ilmar, acusando-o como violador e transgressor da regra de fidelidade conjugal. Ainda mais, que ele estava de namoro firme com Nayara Kércia, uma beldade do lugar, portanto, ferindo o princípio de não manter relações com outrem fora do casamento.

Indignada com a situação, decidida, Dona Ilmar tomou suas providências: foi bater na cidadezinha que fazia-se de paraíso para o casal Polí e Nayá. Fula da vida, para tomar satisfação e resolver o caso, seguiu direto à casa da moça e ao chegar com toda valentia, do portão, bateu palmas. 

- Ô de casa! 
- Já vai! Tô indo!
- Nayara Kércia está?
- Não tá, não. Tá na escola. 
- A senhora é o que dela?
- Mãe, por que? 
- Deixe-me me apresentar... 
- Pois não... 
- Sou Ilmar, esposa de Polimário! 
- Ah, do Seu Polí!
- A senhora sabia que a sua filha está namorando com o meu marido? 
- Sabia, sim... 
- E o que a senhora tem a dizer sobre isso?!
- Ah, que faz muito gosto à nossa família! 

Aí, diante de tal imprevisto, Dona Ilmar, meteu o rabo entre as perna e, reservadamente, foi embora, cantando Amor Febril!

sábado, 6 de agosto de 2016

Fortaleza, 1920


Esta foto, de 1920, mostra a linha de trem terminando na Estação Central de Fortaleza, quando, em expansão, a cidade tinha aproximadamente 80 mil habitantes.

(Foto: Acervo Totonho Laprovitera)

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Bolero


Bolero
(Totonho Laprovitera)

Quando te vejo toca um bolero
e eu te quero em meus braços
A tua boca, a minha boca,
um só desejo entre mil beijos

És pedra preciosa,
moça formosa, fruta de vez
És brilho de estrela,
no céu da boca sou teu cometa
riscando feito diamante,
com fogo de amante 
na mais louca chama
de quem te chama,
de quem te ama

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Injeção


Lembro, no tempo em que não havia aparelhos descartáveis, que o de injeção era tido em estojo na farmácia das casas de família. 

Aí, sempre tinha alguém que, mesmo não sendo enfermeiro ou médico, era quem aplicava injeção, logo, detestado pela meninada. Lá em casa, esse dito-cujo era um voluntário, amigo do papai, chamado Miltão.

Mas, quando o temido Miltão chegava lá em casa, nós nos ajuntávamos e uníssonos, repetidamente, o saudávamos com toda a nossa zanga: “ Miltão, parente do cão! Miltão, parente do cão! Miltão, parente do cão!”

(Foto: Google)

Blu

Totonho Laprovitera - Blu - 2016 - ASP - 17 x 24 cm.

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Mussum


O peixe Mussum (Synbranchus marmoratus) tem uma forma corporal que lembra uma cobra. Com olhos pequenos situados bem à frente da cabeça, tem cor cinza-escuro a castanho, muitas vezes com pequenas manchas mais escuras. Não apresenta nadadeiras peitorais nem pélvicas e possui somente uma abertura branquial achada sob a cabeça. De corpo nu, sem escamas, produz grande quantidade de mucosa tornando-o liso e difícil de ser segurado. 

Podendo chegar a mais de 1 m de comprimento, o mussum habita brejos e águas escassas em oxigênio. Encontrado em todo o Brasil, ele adapta-se a condições extremas, pois sendo muito resistente a falta de oxigênio, pode sobreviver a longos tempos enterrado na lama. Quando um açude seca e todos os peixes morrem por falta de oxigênio, o mussum ainda sobrevive, comumente numa pequena poça de lama. Isso, graças a uma câmara bucal altamente irrigada que permite a troca de gases. 

Carnívoro voraz, o muçum alimenta-se de peixes e insetos.

(Foto: Google)

terça-feira, 2 de agosto de 2016