Totonho Laprovitera - Bode Ioiô - 2004 - AST - 60 x 80 cm.
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Figura folclórica da cultura popular cearense, Bode Ioiô viveu na cidade de Fortaleza do início do século XX. Trazido por retirantes sertanejos, ele chegou a Fortaleza em 1915, quando foi comprado por José de Magalhães Porto, representante do industrial Delmiro Gouveia, correspondente no nordeste da empresa britânica Rossbach Brazil Company, localizada na Praia de Iracema, da qual tornou-se mascote.
Famoso que só, Ioiô – assim batizado por andar sempre no mesmo caminho, entre a Praça do Ferreira e a Praia de Iracema – zanzava pelas ruas centrais da cidade acompanhado de boêmios e escritores – que lhe davam cachaça pra beber – frequentadores dos bares e cafés das cercanias da Praça do Ferreira.
Ioiô, que virou tema de documentários, histórias de cordel e livros infantis, é citado em obras de memorialistas cearenses como o poeta Otacílio de Azevedo e o historiador Raimundo Girão. Logo após sua morte em 1931, foi empalhado e doado ao acervo do Museu do Ceará onde, em 1996, teve o seu rabo furtado.