domingo, 25 de dezembro de 2016

Edmilson e a boneca


Li a reportagem sobre um homem da cidade de Santa Quitéria que, desiludido após traição, mantém relação conjugal com uma boneca, de quem diz gostar porque “ela não reclama, nem pede dinheiro”. 

Pois bem, compondo o assunto, lembrei do amigo Edmilson que, em sua branda juventude, sentindo-se sem companhia para beber, fazia da varanda de casa seu bar, onde passou a dividir a mesa com a boneca Amiguinha, da sua irmã caçula. 

E era desse jeito: ele assentava a boneca em uma das cadeiras, abria uma cerveja bem gelada, enchia os copos, servia à ela, bebia o dele e depois de um tempo, perguntava: - “Amiguinha, vai ou não vai beber?”. Diante do encantado silêncio da amiga de matéria plástica, ele lhe tomava o copo, entornava a cerveja, passava a mão nos beiços e fuzilava: - “Você lá quer beber!”

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