sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Orlando Mota (II)

Orlando, Vaval e eu, no Point da Lauro Maia.

Eu e Orlando Mota já éramos amigos antes de nos conhecermos. Pois é, a vida mexe com o tempo da gente nos arranjando essas curiosas surpresas. Mas, dentre inúmeras, uma boa história que revela a grandeza da nossa amizade pode ser contada em um episódio.

Quando inteirei 50 anos, o Orlando me presenteou com uma camisa do Fortaleza. Nada estranho, se ele não fosse um dos mais ardorosos torcedores do Ceará, maior rival do meu Tricolor de Aço. Pois bem, curioso, me senti mais do que homenageado pelo amigo quando me contou da sua ousada aventura de, pessoalmente, realizar a aquisição daquele “manto sagrado”.

- Totonho, eu gosto muito de você! Olha, só você mesmo pra me fazer entrar numa loja e comprar uma camisa do Fortaleza! Revelou.
- Amigo, e como foi? Rindo, perguntei.
- Escondido, né? Morrendo de medo que eu fosse reconhecido por alguém...
- Pelando de medo?
- Foi! Mas, você merece!

Gargalhamos, nos abraçamos, e misturamos as paixões de torcedores com a nossa benquerença e alegria de viver!

Orlando, já estou com saudade de você...

(Foto: Markus Inrique)

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