Fim de tarde... O sol se pondo... A noite chegando... Nos vaivéns das ondas, a música mergulha nas águas e navega nos sonhos da enseada do Mucuripe.
quinta-feira, 31 de março de 2016
quarta-feira, 30 de março de 2016
Sathya Sai Baba
Śri Sathya Sai Baba |
O guru indiano Śri Sathya Sai Baba, nascido Sathyanarayana Raju (1926-2011), foi um líder espiritual, místico, filantropo e educador, respeitado por muitos como um Avatar, ou seja, a encarnação na forma humana de um ser divino.
Na derradeira metade do século XX, Sathya Sai Baba tornou-se bastante popular e se transformou num ícone cultural mundial. Sua compaixão, sabedoria e generosidade causavam intensas mudanças de caráter e conduta em seus seguidores.
Entre julgamentos e contestações, algumas das suas ações eram consideradas sinais de divindades. Já, os céticos consideravam truques de mágicas. Até hoje, o retrato de Sathya Sai Baba é exposto em casas, amuletos e painéis de veículos de seus adeptos, pois sua imagem é tida como sinal de boa sorte.
Falando em Sathya Sai Baba, a primeira vez que ouvi falar dele foi na cidade de Massapê, Ceará. Certa vez, acompanhando o Luiz Pontes no Bar e Restaurante Zé Canuto, o mais tradicional da cidade, um amigo do Painha Vasconcelos brindou-me com uns santinhos e uma medalha do guru indiano.
Aí, derrapando na minha memória, hoje, eu me pergunto: Teria sido o generoso cidadão, o Dr. Edilson Siridó? O João Mota e o Antonio Soares garantem que sim.
terça-feira, 29 de março de 2016
segunda-feira, 28 de março de 2016
Enxugar gelo
Enxugar é a ação de remover a água de alguma coisa. É secar algo que esteja molhado.
Agora, a expressão popular "enxugar gelo" é utilizada quando alguém se determina a insistir por algo inútil, que não vale a pena ou que seja impossível.
Segundo o filósofo Sitônio da Parangaba, “atualmente, o que não falta é gente lançando mão da fria prática de enxugar gelo, quando não está chovendo no molhado”.
Ah, chover no molhado é insistir no que já está resolvido.
domingo, 27 de março de 2016
Baco
Na mitologia romana, Baco era o deus do vinho, das festas, do lazer, do prazer e da folia.
Filho do deus Júpiter (deus do dia) com a mortal Sêmele, Baco era tido pelos romanos como um amante da paz e causador da civilização. Segundo a mitologia romana, ao tornar-se adulto Baco achou a forma de tirar o suco da uva e fazer o vinho. Morta de inveja, a deusa Juno fez de Baco um doido a andar pra cima e pra baixo pelo mundo. Ao passar pela Frigia, foi curado e instruído nos rituais religiosos pela deusa Cibele.
Curiosamente, na mitologia grega, o equivalente ao deus Baco era Dionísio.
No meu tempo de estudante de arquitetura, anualmente, realizávamos a festa Culto a Baco!
(Ilustração: Google)
sábado, 26 de março de 2016
Agrimensor
Nomeado pelo faraó, o agrimensor tinha a tarefa de avaliar os prejuízos das cheias e restabelecer as fronteiras entre as diversas propriedades no Antigo Egito.
A propriedade era um bem respeitado pelos egípcios, portanto, roubar a terra de alguém era um dos crimes imperdoáveis. Como todo ano o rio Nilo inundava as terras apagando as marcas físicas de cada propriedade, surgiu a necessidade de medir a terra de cada pessoa. A medição de terrenos valia também na arrecadação de impostos de áreas rurais.
Naquela época, os agrimensores repartiam os lotes em formas geométricas como triângulo e retângulo. Hoje em dia, integrante das engenharias, eles são titulados como engenheiro agrimensor e atuam com topografia, cartografia, aerofotogrametria, geodésia e tecnologias de sistema de posicionamento geográfico (GPS) e sistemas de informações geográficas e sensoriamento remoto (imagens de satélite).
sexta-feira, 25 de março de 2016
Santa Ceia
Totonho Laprovitera - Santa Ceia - 2011 - AST - 160 x 70 cm.
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Conta a extraoficial história cristã que, na noite anterior à Sua crucificação, e após a Sua entrada triunfal em Jerusalém, ao reunir-se com seus apóstolos na Santa Ceia, Jesus Cristo solicitou uma mesa para 26 pessoas. Aí, Judas Iscariotes questionou:
- Mas, nós estamos em 13, Senhor.
E Jesus rematou:
- Sim, mas nos abancaremos todos do mesmo lado.
quinta-feira, 24 de março de 2016
A saudade de Christiano
Quem me descreveu uma das mais fortes cenas que desenha o sentimento da dor de saudade foi Christiano Câmara.
Christiano contou-me que, quando perdeu uma filha, por um longo tempo, todas as noites ele armava a sua rede próximo a porta de entrada, a qual deixava escancarada, desejando a doce quimera dela voltar para casa, na Rua da Escadinha, 162.
Christiano, a porta da nossa cidade estará sempre aberta para você.
quarta-feira, 23 de março de 2016
Vereadores de Fortaleza
Deu n’O Povo (23/03/2016): "Crise Econômica" Câmara aprova ajuste de 2% para servidores e 10,6% para vereadores”
Vereadores que votaram contra os servidores:
António Henrique PDT
Ba PTC
Benigno Jr. PSC
Carlos Mesquita PROS
Casimiro Neto PP
Cláudia Gomes PTC
Didi Mangueira PDT
Eulogio Neto PDT
Evaldo Lima PC do B
Fábio Braga PTN
Heitor Holanda PTB
Iraguassu Texeira PDT
John Monteiro PDT
leda Moreira PDT
Mairton Félix PDT
Marcus Teixeira PTC
Martins Nogueira PTC
Prof Geroncio PTD
Zíer Ferrer PDT
Vereadores fieis aos seus compromissos!
Conversa mole pra boi dormir
“Prosopopeia flácida para acalentar bovinos” é, na gíria popular, a velha “conversa mole pra boi dormir”.
Segundo o professor Carlinhos Analfabético, a expressão “conversa mole para boi dormir” significa lábia, lero, agamenete, desculpa esfarrapada ou mentira contada para enganar alguém.
“A expressão surgiu quando a pecuária era de grande valor para uma determinada população. O boi era um dos animais mais importantes, levando em conta que dele se aproveita tudo, com exceção do mugido. Por este motivo, o boi era de suma importância para os pecuaristas, que tratavam o animal quase como gente, e muitas vezes até conversavam com ele. Porém, não conversavam para o fazer dormir”, diz o professor.
Na Copa do Mundo de 1950, quando o Brasil venceu Espanha por 6 a 1, umas 200 mil pessoas cantaram "Touradas em Madrid", música de Carlos Alberto Ferreira Braga, o Braguinha, que diz: “Queria que eu tocasse castanholas e pegasse um touro a unha. Caramba, caracoles, não me amoles, pro Brasil eu vou fugir. Isso é conversa mole para boi dormir”.
Hoje em dia, é comum a adoção da prática da conversa pra boi dormir pelos políticos. Nem que a vaca tussa!
terça-feira, 22 de março de 2016
Via Láctea
Via Láctea - Soneto XIII
(Olavo Bilac)
"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...
E conversamos toda a noite, enquanto
A via-láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora: "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?"
E eu vos direi: "Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas".
segunda-feira, 21 de março de 2016
Beijar a arte
Totonho Laprovitera - Relevo feminino III - 2016 - Infogravura - 40 x 75 cm.
BEIJAR A ARTE
(Totonho Laprovitera)
Amar secretamente sem pecados,
pelas esquinas cantar o mundo
Provar da luz do teu sorriso,
com meu desejo tão bom e sem juízo
Beijar a arte na tua boca,
na parte louca das nossas almas
A dose certa dos nossos corpos
no brilho aceso dos olhos teus
Viajar no gosto, sentir o cheiro,
na cama teu corpo inteiro
O quero agora, o quero mais,
o gosto a mais do amanhã
Navegar tua geografia,
fugir no amanhecer do dia
Quisera eu voltar o tempo
pra fazer tudo de novo
domingo, 20 de março de 2016
Sistema de som
Com direito a discursos políticos, banda de música e foguetório, na inauguração do então moderno sistema de som do terminal rodoviário de uma pequena cidade do interior do Ceará, melodiosamente, a bem treinada locutora anunciou: “Atenção, passageiros do Expresso Ipu Brasília, queiram tomar destino à plataforma de embarque No.1 (a única da estação), que o ônibus já tá num pé e noutro pra ir embora!”
sábado, 19 de março de 2016
Moro
Jurista, professor e político, o italiano Aldo Moro (1916-1978) foi por cinco vezes primeiro-ministro da Itália, sendo membro ativo da Igreja Católica e um dos mais destacados líderes da democracia cristã na Itália.
Sequestrado em 1978 pelo grupo terrorista Brigadas Vermelhas, foi assassinado depois de 55 dias de cativeiro.
Diversas teorias apontam os motivos da recusa do governo italiano em negociar a libertação de Aldo Moro com os sequestradores e sobre os interesses envolvidos no seu sequestro e morte. Cogita-se que as Brigadas Vermelhas foram usadas pela Gladio, rede dirigida pela OTAN, para justificar a manutenção da estratégia da tensão.
(Foto: Google)
sexta-feira, 18 de março de 2016
Hodierno
Como diz o professor Carlinhos Analfabético, “Hoje em dia, o sem vergonha cobra respeito, o fofoqueiro privacidade, o falso sinceridade e o mentiroso verdade. É comum exigir dos outros o que não se faz.”
(Foto: Zecaneto)
quinta-feira, 17 de março de 2016
Foco de dengue
Como diz o filósofo Sitônio da Parangaba, "Puxa saco, babão e fofoqueiro é igual a foco de dengue, em toda esquina tem um."
(Foto: Zecaneto)
quarta-feira, 16 de março de 2016
terça-feira, 15 de março de 2016
Nem tudo são flores
No Bairro Bom Jardim, em Fortaleza, ao ser perguntado sobre quantas irmãs possuía, Floriano respondeu:
- Deixe-me ver... Camélia, Dália, Hortênsia, Jasmim, Lis, Margarida, Orquídea, Petúnia, Rosa, Tália e Violeta.
- Onze irmãs?
- Onze.
- E irmãos?
- Só o Crisanto.
- Quer dizer que vocês são treze e todos com nome de flor?
- Sim, todos.
- Qual o nome do seu pai?
- Acácio. Quer também saber o nome da mamãe?!
- Por acaso, a parideira sua mãe é a Dona Trepadeira?
- Não, seu fela da gaita, é Magnólia!
segunda-feira, 14 de março de 2016
Nuntius diei
“Cum temporis angustiae ego creo mundi.” (Toim da Meruoca)
Traduzindo: “Quando me falta tempo, eu crio universos.”
(Foto: Zecaneto)
domingo, 13 de março de 2016
Pintado de azul
Aconteceu em 1986. Reunido com amigos, em um ensolarado sábado, eu estava numa barraca de praia, na maior animação do mundo. Aí, chegou uma autoridade do iniciante Governo das Mudanças e, me confundindo com alguém, cumprimentou-me na mais festiva saudação:
- Olha aí, quanta satisfação de encontrá-lo por aqui!
- Pois é, Secretário, ninguém é de ferro e o seu amigo aqui aproveitou a folga de hoje pra pegar uma praia! Aproveitando-me do engano, para me amostrar, emendei.
- Nada mais justo do que um dia de lazer para descansarmos da árdua jornada semanal de trabalho.
- Perfeitamente!
- E aí, concluíram o trabalho?
- Concluímos!
- E pintaram de que cor?
- De azul. Inventei.
- De azul?! Estranhou.
Daí, a autoridade assentou as ideias e caiu-lhe a ficha, acho, do seu equívoco.
Vaidoso por meu “prestígio”, depois de ser admirado pela minha importância, mudo, fiquei a cogitar: “O que causaria estranheza ao ser pintado de azul?”
sábado, 12 de março de 2016
Nuntius diei
“Intelligentia sit a collective phaenomenon”. (Toim da Meruoca)
Traduzindo: “A inteligência deve ser um fenômeno coletivo”.
(Foto: Zecaneto)
sexta-feira, 11 de março de 2016
Raimundo Fagner & George Martin
Raimundo Fagner & George Martin.
Quando soube da morte de George Martin, lembrei que por um triz ele não arranjou um disco do Raimundo Fagner. Aí, falei com o cantor e pedi para ele contar a história e ele, de pronto, contou:
“Quando fui gravar em Nova Iorque soube que ele já sabia de mim, através de George Harisson – uma fã de Belo Horizonte, amiga do Emerson Fittipaldi, que sabia que eu gostava dos Beatles, o presenteou com meus discos numa corrida de F1, em São Paulo. Então, o convidei pra fazer os arranjos de quatro músicas, no que ele falou que só toparia se fosse o disco todo. Como eu já estava com o estúdio Hits Factory – onde Lennon havia gravado o Double Fantasy –, recusei a proposta, e aí foi o vacilo. Era pra eu ter aceito na hora e cancelado o estúdio em Nova Iorque. É óbvio que ele não queria misturar os arranjos dele com os outros. Isso é a marca dos grandes produtores e eu não entendi a mensagem. Uma mancada dessa é igual a perder um pênalti em final de Copa do Mundo.”
Mas, rapaz... Pelo menos ficou a história, que dá vazão ao imaginário da importância do que teria sido o feito para a música brasileira. Sugeri ao Fagner que ele dedicasse seu próximo disco ao George Martin e ele gostou da ideia.
É, essas coisas só acontecem com os grandes talentos!
Pra quem não sabe, George Martin (1926-2016), foi um produtor musical, arranjador, compositor, engenheiro sonoro, músico e maestro britânico, bastante conhecido por seu trabalho com os Beatles.
quinta-feira, 10 de março de 2016
Aí é Gildo!
Conta o Luiz que os irmãos Elias e Alfredo guardam com o maior orgulho uma foto deles – de autoria do grande Zé Rosa – quando crianças, devidamente uniformizados, entrando em campo de mãos dadas com o saudoso Gildo, maior ídolo do Ceará Sporting Club de todos os tempos.
Diz, ainda, que os dois pequenos torcedores, bem gordinhos, se aprontavam para o episódio cortando o cabelo na máquina, passando talco no cangote, perfumando-se e trazendo pulseirinhas de ouro no pulso, com os respectivos nomes gravados.
“Quando chegavam no meio do campo, soltavam a mão do ídolo, pegavam a bola do jogo e gritavam ‘Aí é Gildo!”, descreve Luiz.
A cena repetiu-se por anos, até que o anãozinho Titico, da Polícia Civil, resolveu ser mascote do Glorioso de Porangabussu e não teve mais vez para seu ninguém!
quarta-feira, 9 de março de 2016
Naná Vasconcelos
Certa vez, após um show do genial músico Naná Vasconcelos no Theatro José de Alencar, fomos convidados por ele a jantar em um restaurante de Fortaleza: Eu, Elusa, nossos filhos Fernando Victor e Joana, mais os casais Bete e Ricardo Bezerra, Silvana e Aldo Chaves. Ao brindarmos o sucesso dele, Naná perguntou se poderia saber a opinião da gente sobre o espetáculo daquela noite. Quando íamos nos manifestar, ele interrompeu dizendo que gostaria de começar a ouvir as duas crianças presentes à mesa.
Aí, Fernando Victor e Joana expressaram as suas impressões e Naná, depois de ouvi-los atentamente, educadamente, os agradeceu pela valiosa crítica musical!
Naná, sei que o amigo não gostava de despedidas, mas, já estou com saudade de você!
(Foto: Google)
Reivindicações
Apolônio, exigente servidor da repartição, reclamava sobre a falta de condições para o cumprimento de suas responsabilidades. Era cobrança muita e pouco caso para a realização das suas obrigações, alegava! Sobre as instalações prediais, equipamentos e materiais de expediente, faltava muito para, pelo menos, a situação piorar, já que estava péssima, explicava.
Daí, calmamente, chegou o atinado Nivaldo, um dos mais antigos servidores da casa, passado na casca do alho, e puxou a conversa:
- Apolônio, Apolônio...
- Que que foi, Nivaldim?
- Apolônio, meu amigo, tenha calma...
- Mas, eu estou calmo.
- Então, cuidado...
- Cuidado com que, Nivaldim?
- Homem, pare de reclamar...
- Mas, por que, Nivaldim?
- Apolônio, vai que o chefe resolve atender às suas reivindicações!
- Aí, seria uma maravilha!
- Maravilha coisa nenhuma, rapaz!
- Como assim?!
- Amigo, vai que são atendidas as suas exigências!
- O que é que tem?!
- Pode esperar o tanto de trabalho que vem por aí!
- Arre égua, macho, eu não havia pensado nisso...
E o silencio voltou a prevalecer, na velha sala de trabalho.
(Foto: Banco de Imagem Royalty Free)
(Foto: Banco de Imagem Royalty Free)
terça-feira, 8 de março de 2016
segunda-feira, 7 de março de 2016
Nasdrovia!
Pra quem não sabe, quando bebem juntos, os russos brindam dizendo “Nasdrovia!”, que significa, nada mais, nada menos, do que “à saúde!”.
domingo, 6 de março de 2016
Biscoito no trem
No trem lotado até a tampa, um passageiro chegou e disse para um ambulante que ali ralava, no maior sufoco:
- Desculpe-me a intromissão...
- Pois não...
- Mas, por que o senhor vende biscoito no trem?
- Para o meu filho não vender biscoito no trem. Respondeu o vendedor.
sábado, 5 de março de 2016
Rivellino e PC
Roberto Rivellino e Paulo Cézar Caju, no Rio de Janeiro, em 1975. Naquele ano, Rivellino, que jogava pelo Corinthians, e PC, pelo Olympique de Marseille, na França, foram contratados para compor a grande equipe do Fluminense.
Reparem na elegância de PC que, na época, desfrutava da amizade de grandes estilistas franceses.
(Foto Acervo RF)
sexta-feira, 4 de março de 2016
As baratas e a guerra nuclear
Não tem veneno, chinelada e vassourada que dê jeito em barata, pois ela sempre torna a aparecer.
Surgidas no planeta há cerca de 300 milhões de anos – há muito mais tempo que o ser humano –, acredita-se que a barata seria o único ser a escapar de uma guerra nuclear.
Pois bem, numerosa e resistente, aguentando até um mês sem comer, as barata possuem propriedades que indicam que elas sobreviveriam até mesmo depois que o último ser humano sumisse do planeta. Além disso, elas apresentam uma tolerância à radiação maior do que outros seres, sendo, a doses de radiação dez vezes maiores que as suportadas pelo homem.
A barata também tem uma grande capacidade de adaptação, desenvolvendo continuamente tolerância e imunidade a venenos. Essas características ajudariam o inseto a sobreviver ao longo período de contaminação que segue uma explosão nuclear. Contudo, como qualquer outro ser vivo, se as baratas ficarem próximas à explosão, acabarão tostadas. Daí, discute-se a afirmativa de que as baratas são os seres mais capazes de resistir a um holocausto guerra nuclear pode ser apenas um mito.
quinta-feira, 3 de março de 2016
Boas maneiras
Puxar a cadeira para uma senhorita se sentar é sinal de boas maneiras e mostra que o cavalheiro é educado e a quer confortável e à vontade.
Pois bem, em um elegante restaurante da cidade, educadamente, o cortês namorado da Meyre Mayra escusou a distinção do maître e puxou a cadeira para ela se sentar. Porém, atrás dela, enquanto estava em pé aguardando que ela se sentasse, ouviu:
- Ô bicho besta!
- Como?
- Quer bem me pegar, né?
- Não entendi.
- Vai puxar a cadeira preu cair, é?
- Não...
- Tá pensando que eu sou besta, é?!
- Pelo amor de...
- Caio nessa não!
E, sozinha, abancou-se na espaçosa cadeira do alinhado restaurante.
quarta-feira, 2 de março de 2016
Jupirana
O Melque me contou que estava em um bar quando Rômulo, uma amigo dele, fresco que só e acostumado na arte de inventar lorotas, perguntou a um velho tido como mentiroso:
- O senhor que é pescador, conhece um peixe chamado jupirana?
O velho, coçando o gogó, respondeu:
- Jupirana é um peixe que trava um pouco na goela, mas, com um pirãozinho, desce é bem!
- E se eu disser que esse tal peixe jupirana não existe e eu inventei agora?
- Você me respeite, seu cabra! Tá duvidando de mim?! Pois fique sabendo que jupirana existe, sim, e é um peixe de água doce, da família do pirarucu, sendo nanico!
- E é?
- É sim! Comumente, ele é encontrado na bacia Amazônica, geralmente nas áreas de várzea, onde as águas são mais calmas.
- Aí mente!
- O que?!
A partir de então, formou-se a confusão e o velho quase tendo um troço, ultimou:
- Diabo é o pescador que bebe aqui!
terça-feira, 1 de março de 2016
Pesca e música
Manassés estava pescando lá pelas bandas do Araguaia, quando ouviu à beira do rio um som de violão. Daí, aproximou-se e pôs-se a escutar a sofrível apresentação do violonista que, ao dar uma parada, falou em mineirês:
- O rapai toca violão?
- Toco, sim. Respondeu Manassés.
- Pois, toque uma música pra nós, sô.
Manassés agarrou o violão, buliu um pouco na afinação, e fez valer o seu reconhecido talento de um dos mais virtuosos músicos brasileiros!
Encabulado, o violonista perguntou:
- Uai, que trem é esse, sô?!
- É uma música de minha autoria.
- Émêss? Então é docê?
- É, sim.
- Ma qui beleeezzz... Issé bão dimái da conta!
- Obrigado.
- Espia, eu não sô músico. Sô pescadô.
- E eu não sou pescador, sou músico. Finalizou Manassés.
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