domingo, 23 de agosto de 2015

Del’Alma


Del’Alma
(Totonho Laprovitera)

Del’Alma, a morena 
da boca bem frocada,
era dama toda noite 
Beijava um de cada, 
buscando algibeiras 
nos bolsos pelas beiras, 
ao fim da madrugada. 

Del’Alma, argentina
das bandas do Serviluz,
era lá do Paraguai 
Quando apagava a luz, 
caqueava bem no breu 
Na casa do Seu Abreu, 
atacava os zulus

Del’Alma, amorosa, 
temperava-se de sal 
do suor dos largados 
O que bem fazia mal
nada via, cegava 
Calada, segredava, 
partia sem dizer tchau

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