terça-feira, 30 de agosto de 2011

Ode ao Amor de Francisco e Clara: Prólogo


“Compondo a beleza rara
da poesia sonora,
tua noite é sempre clara
e o teu dia é sempre aurora
Pois, mesmo sendo Canção,
gozas da mesma atração
do famoso uirapuru;
Teu verso causa ciúme
e possui mesmo o perfume
das flores do Pajeú”
 (Patativa do Assaré)

Francisco é um andarilho do tempo a viajar universos e navegar em sonhos.
Clara é uma sonhadora predestinada a fazer acender a luz das estrelas.

Na estação dos solitários o relógio marca as horas, minutos e segundos. O desejo dos apaixonados, destinos incertos.

Embriagado de néctar e de nepentes, Francisco ouve o dizer da encantadora loucura, repentes da natureza humana. Sente saudade da falta de alguém, de um amor que não vingou, de chances perdidas, de um tempo qualquer ou de um simples momento que lhe marcou. Lembra da história de um grande amor, dos momentos alegres vividos juntos com a família e os amigos, dos lugares bonitos que conheceu e do tempo em que era feliz e não sabia.

Ao avistar Clara, espia a saudade como um precioso cálice que alivia e dissipa os infortúnios, alimentando a sua alma. Que dela a porção aplaque as iras e as suas tristezas desterre.

Escrito numa nota de um real está aos olhos dos frenéticos passantes: Não se apresse, tudo tem seu tempo...


Ode ao Amor de Francisco e Clara: Totonho Laprovitera conta, Amaro Penna canta.
(Foto: Totonho Laprovitera)

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