quinta-feira, 28 de maio de 2015

Táxi


Da balada da noite anterior, em seu flat, Júnior acordou quase ao meio-dia, com a nova amada já banhada e vestida, esperando a hora de ir pra casa. Ainda bastante sonolento, Júnior virou-se à mesa de cabeceira e ao pegar a sua carteira de dinheiro, foi atravessado pela garota.

- Ei, o que é isso?!
- Isso o que, meu amor?
- O que é que você tá pensando em fazer?
- Lindinha, eu tô pegando um dinheirinho pra você...
- Mas, me respeite, seu canalha! Era só o que faltava!
- Meu amor...
- Meu amor o que, patife! Você acha que eu sou garota de michê?! 
- Espera ainda...
- Espera o que, vagabundo! 
- Você me respeite.
- Respeito uma pinoia! Você vem com esse papo de “um dinheirinho pra você” e ainda quer que eu não me zangue?!
- Meu amor, você está me entendo mal...
- Entendo mal, coisíssima nenhuma! E quer saber?! Tchau, vou embora!
- Peraí, que eu vou lhe deixar em casa...
- Absolutamente! Não quero, vou de táxi!
- Deixe-me, então, por favor, que eu pelo menos pague o táxi.
- É, pensando bem, vou aceitar a gentileza, sim.
- Bem, e quanto dá a corrida daqui até a sua casa?
- Mil reais...

Nenhum comentário:

Postar um comentário