domingo, 12 de junho de 2016

Jogo de botão

Alguns jogadores da minha Seleção Italiana de 1970: a Squadra Azzurra!

Antes do offset, os jornais eram impressos no processo tipográfico e em procedimento de composição manual de seus textos. Para tanto, utilizavam-se da linotipo, uma máquina com teclado, como a de escrever, que fundia em bloco de barra de chumbo cada linha de caracteres tipográficos. Depois, as matrizes eram devolvidas às suas caixas, para novo uso.

Falando nisso, na minha infância, lembro que uma vez eu fui bater no jornal O Povo, para pedir pequenas sobras de chumbo e usá-las como peso no goleiro do meu time de futebol de botão, feito de caixa de fósforos. 

Para fazer o tal goleiro, eu enchi a caixa de fósforos com chumbo, a enrolei com fita isolante – ou foi esparadrapo? –, colei as figuras do escudo, foto e número, para depois cobri-la com durex. Assim, ficou pronto o meu goalkeeper pra entrar em campo e jogar!

- À gol.
- Preparado, pode chutar.

Chutou... 

- Gol! 
- Não, o goleiro defendeu!

O jogo de botão foi uma das brincadeiras que eu mais dei valor em minha infância e adolescência. Quando não jogava com alguém, eu jogava só, com direito a irradiar a partida e imitar a torcida, com sua charanga e fogos! 

Pois é, dentre tantas partidas, copas e campeonatos, o que mais ganhei foram as infindáveis lembranças de tempos felizes que vivi no principiar da minha vida.

(Foto: Totonho Laprovitera)

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