O Eliseu Filho ganhou de um conterrâneo oroense,
bem-sucedido em São Paulo no ramo de ótica, um saco de óculos de diversos
modelos e graus para serem distribuídos entre os necessitados da cidade.
Organizou a distribuição num sábado, no coreto da Praça Anastácio Maia, a
principal de Orós. Era gente que não acabava mais, e a fila desenhava-se em
serpente, por tantos que a formavam e desejavam enxergar melhor. Um bulício só!
Como os idosos tinham preferência na fila, Dona Chaguinha
foi uma das primeiras a receber seu bonito par de óculos, porém, de receita
extravagante. Com os fundos de garrafa no rosto, seguiu direto para a feira,
onde iria fazer umas compras com a aposentadoria recebida na sexta última. Ao
chegar numa barraca, perguntou ao feirante:
- Moço, a cuma tá a fava?
- Desculpe, mas a senhora perguntou
o quê?
- A Cuma tá a fava aqui, moço... - Ajeitando os óculos.
- Minha senhora, isso aqui é
gergelim, né fava, não!
(Foto: Google)
Gostei...Fez-me rir um pouco.
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