segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A cuma tá a fava?



O Eliseu Filho ganhou de um conterrâneo oroense, bem-sucedido em São Paulo no ramo de ótica, um saco de óculos de diversos modelos e graus para serem distribuídos entre os necessitados da cidade. Organizou a distribuição num sábado, no coreto da Praça Anastácio Maia, a principal de Orós. Era gente que não acabava mais, e a fila desenhava-se em serpente, por tantos que a formavam e desejavam enxergar melhor. Um bulício só!

Como os idosos tinham preferência na fila, Dona Chaguinha foi uma das primeiras a receber seu bonito par de óculos, porém, de receita extravagante. Com os fundos de garrafa no rosto, seguiu direto para a feira, onde iria fazer umas compras com a aposentadoria recebida na sexta última. Ao chegar numa barraca, perguntou ao feirante:

- Moço, a cuma tá a fava?
- Desculpe, mas a senhora perguntou o quê?
- A Cuma tá a fava aqui, moço... - Ajeitando os óculos.
- Minha senhora, isso aqui é gergelim, né fava, não!

(Foto: Google)

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