O baralho de cheques da
coleção do Ozias.
Era final de noite. O banheiro do Ozias estava em manutenção
e ficamos obrigados a fazer uso do da gerência. Sem problema, éramos de casa.
Quando Ozias retirou-se do escritório, onde traçava os planos do dia seguinte,
para atender ao chamado do garçom Picapau. Wilson, passando de volta do
banheiro, enxergou em cima do birô um talão de cheques e o espírito da
molecagem lhe bateu forte. Sem pestanejar, retirou uma folha, retornou à mesa e
pediu a conta, que veio como sempre, pra variar, bem acima do valor consumido.
Wilson, então, preencheu o cheque com os dez por cento da comissão do garçom e
mais vinte, para os demais funcionários da casa. Quanta generosidade!
Cheque entregue, conta paga, no outro dia veio a cobrança do
Ozias:
- Bora, negada, vamos deixar de
frescura, podem me pagar e eu quero o meu dinheiro da conta de ontem é agora e
em espécie! Além do mais, vocês são muito besta mesmo, cheque meu eu não aceito
nem quando tem fundo!
(Foto: Google)
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