sexta-feira, 9 de setembro de 2011

O cliente


Anterinho.

O que não falta no repertório do Antero Pereira Filho, nosso correspondente internacional de Aracati, é história boa! É só pedir que é pei-bufe, ele conta na hora. Senão vejamos, a última dele:

Poeta,

Tereza do Arroz, conhecida madame de oficio, mantinha uma “casa de recurso” que funcionava na  Várzea da Matriz, aqui em Aracati, bem no meio das casas de famílias.

Apesar de manter a “casa” sempre com disciplina e ordem em respeito a vizinhança familiar,  Tereza do Arroz não escapou de ser denunciada por um vizinho mais incomodado com a situação.

Um certo dia, Tereza do Arroz recebeu uma intimação de um oficial de justiça para comparecer ao fórum perante o juiz da 1ª vara.

No dia e na hora marcada lá estava Tereza do Arroz com o coração aos pulos de tão nervosa que estava, pois segundo se informara, o magistrado era um juiz sisudo e carrancudo que não admitia certas “coisas”.....

- Dona Tereza, recebi uma queixa de que no seu lupanar não impera o respeito e a indisciplina é uma constante, incomodando toda a vizinhança familiar, um verdadeiro mafuá!!! Isto se sucede realmente Dona Tereza?!

Tereza do Arroz que mais aliviada ficara quando entrara na sala do juiz e avistara Zé Carlos – escrivão da 1ª vara – ao lado do juiz, compenetrado em suas funções, em frente a máquina de escrever Olivetti Linea 98 respondeu:

- “Menas” verdade doutor, desculpe eu lhe dizer. Mas no meu estabelecimento existe ordem e respeito. Pode perguntar ao Zé Carlos aí que não sai de lá, se o que eu tou dizendo ao senhor não é verdade... Não é não, Zé Carlos?

Um comentário:

  1. Valeu Poeta,

    Gostei demais do "pei-bufe"... Tamos aí sempre ao seu dispor...

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