10. Jogo de Cartas
Francisco,
depois de uma longa noitada boêmia e esgotado de baralho, bebida e fumaça, cai
no sono a beira do poço. A embriaguez o excita e traz a luz todos os
vícios, tirando-lhe o senso de pudor que constitui um travão aos instintos
ruins. Quando já está pra despencar pra dentro do poço,
Clara aproxima-se, o acorda e lhe diz: “Ei, amigo! Se você tivesse caído,
certamente não seria a sua imprudência, mas a mim, que você culparia!”[i]
Uma
mesa de bar,
um
jogo na mesa,
num
lance de vida
que
prende a atenção
Recebo
uma carta,
que
alucinação,
no
rosto da dama
só
vejo você
Jogo
você, arrisco você,
não
posso perder
Jogo-me
nas cartas,
quero
estar com você
Ode ao Amor de Francisco e Clara: Totonho Laprovitera
conta, Amaro Penna canta.
(Foto: Totonho Laprovitera)
[i] (Adaptado de Esopo e Seneca)
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