Márcio Porto.
Em 1997, quando finalizávamos a montagem da exposição - a primeira de
uma série de cinco - que eu inaugurava em conjunto com Aldemir Martins e
Raimundo Fagner, adentrou à galeria aquela alegre e enorme figura, do tamanho
da sua simpatia. Era o Márcio Porto.
Como quem sabe celebrar a arte, Márcio cumprimentou à todos calmamente,
passeou seu esmerado olhar pelas paredes e, quando chegou na das minha
pinturas, comentou: - "Olhe, pinte mais esse tipo desse quadro que,
onde você for expor, vai vender." - apontando para uma pintura minha da série
Humanos.
Agradeci a advertência e guardei a sua observação.
Nesse projeto, realizamos as três primeiras mostras em Fortaleza, a
quarta em Brasília e a quinta em Maceió. Em todas as cinco, o primeiro quadro que
eu vendi foi sempre o da série Humanos.
Soube que na última segunda-feira Márcio faleceu. Fiquei triste e
senti saudade dele. Certamente, onde estiver, ele deve estar num ambiente de
arte e de boas companhias. Afinal de contas, aqui nesta vida, Márcio sempre
foi um grande porto a receber os bons viventes.
(Foto: Baladain)
Marcio sempre foi um homem generoso que sabia conquistar boas amizades, sabia ser sedutor com sua conversa divertida, seu visual avantajado e seu sorriso infantil. Super filho para a querida D. Celeste, super pai para Manoel e Eugênia, amigo que vai fazer falta, presença assídua nas vernissages,opinião acertada de um conhecedor de Arte... um cara pra gente não esquecer.
ResponderExcluirSem dúvida a arte no CE fica mais pobre. Difícil encontrar pessoas com refinamento emocional para a arte, bem como interessado em participar diretamente dos seus caminhos. Nas artes, Márcio sempre foi Porto.
ResponderExcluirHugo Porto.
saudades dessa figura tão inlustre. Pessoa sem igual. Marcio Porto foi uma Era.
ResponderExcluirMeu primo Márcio, apesar do corpo avantajado, tinha o coração maior!!!!!
ResponderExcluirRicardo Porto