Home-é-Home.
- Alô, Zezinho Ponte, e o Home-é-Home?
- Rapaz, Totonho, a história do Home-é-Home é a seguinte:
“Home é home, né cumpade?”. Era com este chavão que ele se relacionava com as pessoas. Homem rude, natural de Mucambo, logo que chegou em Sobral, na década de 60, se arranchou na casa de Dona Ju, com quem criou um vínculo afetivo grande. Não gostava de tomar banho, mas não dispensava uma cerveja bem geladinha, logo que concluía seus trabalhos de catador de lixo. Uma feita, ganhou no jogo do bicho e foi comemorar no Bar da Sogra, de propriedade do Fartura. Ficou numa mesa, isolado, tomando sua cervejinha gelada e fumando seu cigarro de palha, de pernas cruzadas, observando a mesa vizinha repleta dos notórios Aurélio Ponte, João Lício Soares, Zé Monte, Deuzimar , Sérgio do Vladimir, Louro do Otelino, dentre outros. Quando pediram a conta da mesa, Fartura falou: “
- Já está paga!
- Quem pagou? – Perguntaram.
Fartura rindo falou:
- O novo milionário de Sobral, o Home-é-Home! – E deu uma larga gargalhada.
Era essa a figura despojada de bens materiais e um grande vivedor.
(Foto: Acervo Zezinho Ponte)
Convivi muito com o homem-é-homem, pessoa a boa, característica dele era sua gargalhada era única, após gargalhar deslizava sua mão na braba
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