Coró, em frente à Casa Samuel e observado pelo Zezinho Ponte.
- Alô, Zezinho Ponte, e o Coró?
- Rapaz, Totonho, a história do Coró é a seguinte:
Vindo cedo do distrito de Aracatiaçú, logo tornou-se uma figura popular, aqui em Sobral, pelo seu jeito jocoso de ser. Assoviava muito bem e foi garoto propaganda da charanga do Zé Prado, que depois veio a ser seu compadre. Coró casou-se com sua conterrânea, a senhora Cláudia Paiva, loira dos olhos azuis. Foi vizinho por muito tempo do papai (Aurélio Ponte) e quando perguntavam onde ele morava, afirmava com orgulho:
- Sou vizinho do Seu Orero Ponte!
Mas, fazia uma queixa:
- Só não gosto no fim de semana, porque não posso dormir, pois é uma bebedeira doida e a mulher dele canta muito alto. Aí, é o jeito eu ir também pra lá”.
(Foto: Acervo Zezinho Ponte)
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