Eu creio que a discussão acerca de qualquer projeto, obra ou ação pública, seja indispensável para o salutar e necessário exercício da cidadania. Afinal de contas, é preciso entendermos o patrimônio público, quer seja material ou imaterial, como nosso e não do alheio! E é nesse pensamento que eu reflito, acerca do Acquário do Ceará.
De início, a primeira ideia da implantação de um aquário marinho em Fortaleza proveio do DNOCS, na gestão Eudoro Santana, por volta de 2005, quando estudos e discussões apontaram fazê-lo na sede do órgão na Praia de Iracema, preservando a edificação existente, no mesmo local do projetado pelo Governo do Estado.
Sem adentrar no mérito das prioridades dos investimentos ou questões políticas, o Acquário do Ceará terá as suas utilidades. Senão, vejamos.
Quanto ao seu uso, ele se propõe a ser um equipamento de forte contribuição para a certificação da inserção do Ceará como destino turístico nacional e internacional, gerando uma forte cadeia produtiva na nossa economia.
Afora a atividade turística, creio que o Acquário cumprirá outras diversas funções, tais como: centro de pesquisa, em parceria com o Instituto de Ciências do Mar – Labomar, da UFC; espaço pedagógico, em conjunto com a rede pública e particular de ensino; e recinto de lazer para toda a sociedade. Esses itens são indispensáveis ao plano de gestão e gerenciamento desse equipamento público, onde o seu maior lucro deverá ser o social, guardada a pecúnia para a sua preservação, manutenção e atualização.
Quanto às questões do seu entorno, notadamente a habitacional existente, ela poderá ser beneficiada com ações sociais bem elaboradas, num projeto de requalificação urbana, com tratamento de meio ambiente edificado e desenho humanizado, para compor harmonicamente o conjunto turístico. Quanto à infraestrutura local, tenho notícias da sua readequação e redimensionamento, o que se fará necessário.
Concluindo, se os R$ 250 milhões destinados ao Acquário do Ceará devem ter outro destino ou não, eu cogito em outros quinhentos para os projetos de drenagem, saneamento, educação, saúde etc. Com atenta responsabilidade social, ousemos e pensemos grande, pois.
No mais, como dizia o mestre arquiteto João Batista Villanova Artigas: “A felicidade de um povo se mede pela beleza da sua cidade”.
Totonho, é um prazer ler e apreciar o conteúdo do blog, dai ter-me tornado seguidora. Parabéns!
ResponderExcluirCreio que aquários, por ai a fora no mundo, são boas fontes de receitas de turismo. As criaturas marinhas são atraentes e captam nossa simpatia. Já estive em vários e sempre acompanhada de grupos numerosos de crianças e adultos encantados com os animais.
Se a construção do Acquário do Ceará mantiver os projetos urbanos e sociais correlatos, conforme vc menciona, deverá ser um sucesso, de renda e público. Assim esperamos.
Um abraço,
Glorita