domingo, 17 de julho de 2011

“Bote, Seu Paulo, bote..."


TV Juventude, programa do Paulo Limaverde (da esquerda para a direita, o primeiro de óculos escuros), na TV Ceará, Canal 2.

Depois que realizou o programa de televisão TV Juventude, lembro no rádio, do Paulo Limaverde anunciando o “Sucessão de Sucessos que se Sucedem Sucessivamente Sem Cessar! Sá, Se, Si, Só, Sucesso!” Sobre o programa, ele conta: “O nome Sucessão de Sucessos que se Sucedem Sucessivamente sem Cessar, Sá, Sé, Si, Só, Sucesso! Começou tudo com S e nós fomos agregando as coisas. Chegou em determinado momento que eu não dizia mais o nome, fazia só “Siii” no microfone e todo mundo sabia o que era. Criou uma marca, o S. E tinha um operador de áudio que o apelido dele era Suvela por coincidência. Na época, o grande sucesso da música popular brasileira era o Simonal. Aí eu dizia esse nome todinho: Sucessão de Sucessos que se Sucedem Sucessivamente sem Cessar, Sá, Se, Si, Só, Sucesso! Simbora, Suvela! Era tudo no S.”

Sobre o programa “Ídolos do Povo”, na Rádio Verdes Mares, Paulo Limaverde comenta: “Nos primeiros programas a gente inventava as cartas, porque é claro que o chamamento não dava tempo, então a gente inventava um bocado de carta. Só que quando começaram a chegar as cartas uma ouvinte escreveu no final: “Bote, Seu Paulo, bote uma música que dê certo no meu caso”. E eu pensei logo que esse bordão ia funcionar. Eu comecei a usar: bote, bote, Seu Paulo. E começou a esculhambação, a palavra é essa…”

Depois, o bordão foi gravado por uma voz feminina, com requintes de sensualidade, dizendo “bote, Seu Paulo, bote!”, até ser censurado.

E, continua: “O negócio degringolou quando surgiu uma música da Joelma chamada Pombinha Branca que foi um sucesso. Aí a carta foi apimentada: ‘Bote, Seu Paulo, bote a Pombinha Branca todinha’ e o operador soltou a música. Chegou na metade do disco ele parou com a mão e eu disse ‘não bote só metade não, bote todinha’ e ele soltou. Olha, eu fui terminar sendo chamado na Censura Federal. Fui chamado, fui admoestado. Daí pra frente foram dezoito vezes. Toda vida que eu chegava lá diziam: ‘o senhor está criando passado’.”

Paulo Limaverde, também, criou a primeira radionovela a cores que se tem notícia na história radiofônica.

(As falas de Paulo Limaverde foram extraídas do trabalho de pesquisa da jornalista Ermina Larissa de Aquino Moura Teixeira com a professora Erotilde Honório Silva)

Um comentário:

  1. O Paulo Lima Verde lançou um livro com suas crônicas publicadas em Jornal (basicamente O Estado) e nunca consegui comprar mas quem leu fala que é simplesmente hilário.
    Será que ainda se acha um exemplar?

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