segunda-feira, 5 de março de 2012

Falando em arte

Da esquerda pra direita: Cláudio Rocha, Sérgio Machado, Tasso Jereissati e Totonho Laprovitera.

Numa festa, eu comentava a respeito de uma exposição que havia realizado na Embaixada do Brasil na França, em Paris. Conversa vai, conversa vem, chegou o Tasso e pediu para eu contar alguma curiosidade sobre a tal experiência. Contei:

- Uma jovem senhora parisiense pediu para me explicar o porquê de ter adquirido dois trabalhos meus. Ela disse que tinha uma filha de dois anos de idade e que estava grávida de uma segunda criança, daí ela ter investido para o futuro das suas descendentes. Gostei de ter vivenciado esse acontecimento, tão repleto de visão e respeito artístico.

Tasso, curioso, perguntou:

- E aqui no Ceará, como seria?

Respondi:

- Dois amigos se encontram no dia seguinte a minha exposição. Uma pergunta: “Gostou da exposição do Totonho?” O outro responde: “Gostei, tanto que até comprei um quadro pra ajudar ele.”

Todos riram, mas o Tasso arrematou:

- Pois vou tentar fazer com que você mude um pouco de opinião acerca disso. Amanhã, me reserve dois trabalhos seus que eu irei investir em você!

Prego batido, ponta virada, promessa feita, promessa cumprida. No outro dia, Tasso já estava de posse de duas pinturas de galinhas, que um mês depois, me rendeu outra venda, para ele presentear um amigo em Brasília. 

(Foto: Frontstage)

2 comentários:

  1. Trio pesado e parcimonioso esse da foto, apesar dos tons pastéis. Totonho, vc sempre revelador, coseguiu descobrir essa faceta do Tasso, até então desconhecida...
    Se não fosse vc escrevendo, muita gente não acreditaria ...

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  2. Meu caro totonho,
    Acabo de ver seu poder de verve perante os poderes, acho de grande alviceras seu coloquio em projetar sua arte entre os poderes.

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