Na Maison de L’Amérique latine, em
Paris, Jaildo Marinho estará
expondo, sob a curadoria de Jacques Leenhardt e Max Perlingeiro. Aberta dia 7
próximo, a mostra ficará em cartaz até o 16 de junho de 2012.
Jaildo é um importante e prestigiado
artista brasileiro no exterior. Na Europa, se destaca como um dos mais
expressivos escultores, de maneira especial, como integrante do grupo Madi.
Totonho Laprovitera e Jaildo Marinho. Paris, 2005.
Num passeio de arte, conheci Jaildo
Marinho há onze anos, quando fomos apresentados pelo Anuar Nahes, então
conselheiro cultural da Embaixada do Brasil na França. Foi numa visita à
histórica Provins, pequena cidade medieval, onde Joana D’Arc se reabilitava
após suas árduas pelejas.
À pedido do governo brasileiro, Jaildo
havia criado uma escultura para uma praça da cidadela francesa. Era um presente
do Brasil à França, em homenagem à Nicolas Durand de Villegaignon, um dos fundadores do Rio de Janeiro. Ocorre que a
obra artística carecia de um ajuste. Um pequeno detalhe, que se tornaria grande
e eu não imaginava qual fosse. Bem, de forma piramidal, a escultura repousava diretamente
numa base de pedra. A ideia de Jaildo era a de colocar entre a pirâmide e sua
base uma peça triangular de bronze para proporcionar maior leveza à escultura.
Para isso, contava com a ajuda de uma equipe duns seis fardados operários e de uma
pequena máquina empilhadeira. A operação foi discutida e o artista determinou a
sua realização. Em instantes, suspenderam a pirâmide, Jaildo ajustou minuciosamente
a peça metálica e a pirâmide tornou a repousar, como flutuasse sobre a sua
base. Perfeito!
Missão cumprida, voltamos à Paris e,
desde aí, eu e Jaildo nos tornamos amigos e nos vemos sempre. Menos do que
gostaríamos, certamente.
Totonho Laprovitera, Gonçalo Ivo, Jaildo Marinho e Bruno Pedrosa. São Paulo, 2010.
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