Doca,
o contínuo de Valtim, sempre aparecia com alguma novidade ou graça na
segunda-feira:
- “Eu só quero é ser feliz, andar de BMW na favela
onde eu nasci... E poder me orgulhar...” - Cantarolava.
- Olha o serviço, Doca.
- Doutor Valter, o senhor sabe qual é a diferença
entre Leite de Rosas e Leite de Colônia?
- Não, qual é?
- É que no Leite de Rosas o “vrido” é de “prástico” e
no Leite de Colônia o “vrido” é de “vrido”!
- Ô cultura, Doca...
Pois
é, outro dia ele estava comentando sobre um baile funk que tinha ido na periferia da cidade e depois sobre o final da
noite num cabaré, quando seu patrão começou o aconselhamento:
- Doca, toma cuidado com a vida...
- Pode deixar que eu sei tomar conta de mim mesmo,
patrãozinho.
- Olha esse negócio de cabaré... Toma cuidado, usa
camisinha, olha a Aids...
- Que é que é isso, patrãozinho, pode ficar tranquilo.
Tanto eu me cuido que nem de camisinha eu preciso usar.
- Como assim, Doca?
- Ora, doutor, é que eu sou prevenido. Quando saio de
casa eu tomo dois “Tretrex” e quando volto tomo mais dois “Tretrex”! Não tem
Aids no mundo que me pegue!
Do livro Valder Césio - histórias de um boêmio Tomo II, quer dizer, Tomo Todas!, de Totonho Laprovitera.
(Foto: Google)
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