segunda-feira, 4 de julho de 2011

À Florbela Espanca


FLOR BELA



Na canção o silêncio muda de cor, 
pondo a nu tua intimidade, mulher 
Minh’alma semeio com um sonho qualquer, 
em versos ardentes te encontro, bela flor 

Canto firme a melodia sem pudor, 
ambiciono tudo o que a mim couber, 
se às minhas ordens o tempo se dispuser 
aos tantos mil desejos meus de pecador 

Acreditando na busca do que se quer, 
tenho o dorido sossego de pensador 
As horas que marcam eu já nem sei, sequer 

Flor bela, dos sonetos escritos com dor, 
tu me ensinas o que a vida requer: 
só vale a pena morrer se for por amor

(Totonho Laprovitera)

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