Chico Pio.
Em meados da década de 1970, das antigas mesinhas da Beira Mar, eu já ouvia falar pelas brisas do Mucuripe de um cara que acontecia lá nas bandas do saudoso Bar do Anísio. Não tanto após, num show no Zé de Alencar, onde vários artistas se apresentavam – acho que era o da despedida do Canal 2 – ouvi um grito, seguido de assobios, pedindo por ele. Esse artista me causava curiosidade, lembro.
Tempos depois, nos encontramos e, numa saída com o Fagner e a turma toda, Naná Vasconcelos sugeriu a nossa parceria na arte da boa natureza de unir letra e música. Tornamo-nos parceiros.
Desse virtuoso compositor, hoje eu digo que ele é a sua própria arte. Quando abraça o violão, solta seu vozeirão, faz manar as mais variadas canções e dá até a impressão de ser fácil a faculdade de compor. Aprumado, se eleva aos sons, qual fera a cuidar do seu rebento. Todavia, simples e manso em seu ofício, constrói e desperta sentimentos!
Pois bem, esse autêntico menestrel é o Chico Pio, amigo do peito e a quem digo: Tem artista que passa uma vida inteira tentando acontecer, o Chico acontece todos os dias!
Do livro Eu Conto, de Totonho Laprovitera.
(Foto: Esdras)
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